quinta-feira, agosto 26

Inevitável

Suspensa revisão das carreiras especiais de 29 mil funcionários link

Os processos de revisão das carreiras especiais de 29 mil funcionários públicos estão suspensos, apurou o Económico. No último ano foram desencadeados vários processos de revisão de carreiras especiais, como o dos médicos, enfermeiros, professores do básico, secundário e ensino superior, entre outros, envolvendo cerca de 190 mil trabalhadores do Estado.

Parece que prevaleceu o bom senso.

evaristo

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5 Comments:

Blogger Unknown said...

Pergunto-me quão grande é a estupidez de defender a estagnação dos profissionais e levar à sua resignação assim como levar ao total abandono de defesa da causa(que é dar cuidados de saúde de qualidade) por parte dos profissionais de saúde...

É que defender a não existência de carreiras é praticamente provocar uma falência moral por parte dos profissionais do sector português com maior qualidade, o da saúde...

Evaristos e afins... ganhem juízo!

5:09 da manhã  
Blogger Unknown said...

E no entanto, as despesas com pessoal nunca estiveram tão descontroladas( médicos principalmente)... Parece um contra-senso... Mas o evaristo é que parece perceber de sustentabilidade do SNS...

5:11 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Revisão das Carreiras Especiais da Funçao Pública

Hoje, no J Público, pág. 15., podemos ler este naco de prosa:

"...O Governo garante que o processo não está suspenso, mas não se compromete com uma data para relançar a revisão que devia ter sido concluída no final de 2008 e que está suspensa desde o Verão do ano passado, em vesperas de eleições."...
[os sublinhados são meus]

Sobre as inevitabilidades orçamentais - que poderão ser entendidas, se equitativas - o arrasoado acima transcrito é um evitável desconchavo de um "shakespeariano" membro do Governo.

To be or not do be?
Estar ou não estar [suspenso o processo de revisão de carreiras]?

Coerência, probidade política e afrontamento directo dos problemas, são, também, ingredientes necessários para enfrentar privações orçamentais e, ao mesmo tempo, sanar eventuais conflitos.

Sofismas, não!. Já basta o PPC.

3:19 da tarde  
Blogger A said...

Já não é, infelizmente, a primeira vez que comentadores neste blog se manifestam desta forma.

A saber: (supostamente) defensores de um SNS universal e quase-quase gratuito, acreditam que a sustentabilidade deste depende, entre outras coisas, da quase-quase completa estagnação das carreiras dos profissionais que a integram.

Pelos custos, nunca pelos ganhos, claro está.

Uma das maiores dificuldades na definição de políticas em Saúde, nomeadamente no que concerne a vínculos, remunerações e progressões, é o cálculo do custo-benefício de qualquer medida.

Isto como em qualquer outro sistema complexo, não programável (muitas vezes mesmo imprevisível) em que o binómio oferta/procura não tem o mesmo comportamento que em outros sistemas puramente económicos.

Ora, não é difícil (a meu ver) de perceber que, se os profissionais de saúde não forem devidamente incentivados, quer em condições de trabalho, quer em condições remuneratórias, ocorrerá uma óbvia desnatação dos serviços públicos (desnatação na oferta, mais do que a tão falada desnatação da procura).

O que acontecerá com os médicos, por ex. é que, em vez de trabalharem por 1850 euros num serviço público, não havendo possibilidade de progredir, vão trabalhar, obviamente, pelo triplo num serviço privado.

Mas não são todos: serão os muito bons e os mais experientes. O serviço público ficará entregue a quem não é suficientemente competente para ser convidado para sair, ou é suficientemente inexperiente para ficar (só por uns tempos, se vierem a ser realmente bons...).

E um serviço público com uma maior fracção de inexperientes e incompetentes não poderá funcionar melhor. Mais exames pedidos de forma desnecessária, mais reinternamentos e observações secundárias, mais medicamentos (comparticipados) sem sentido, etc, etc...

Meio caminho andado para, daqui a uns anos, vir um PPC qualquer dizer: «vocês bem viram o esforço que fizemos para manter o SNS de pé (até congelámos as carreiras e os salários anos a fio!), e o prejuízo não pára de aumentar. De facto não dá, não pode ser. Espero que todos percebam, mas um sistema assim demonstrou claramente não ser sustentável».

Enquanto insistirmos em nos governarmos pelo princípio de Peter (e mais que isso, pelo de Dilbert) não vamos a lado nenhum.

Avistaremos o cume desconfortavelmente sentadinhos no sopé.

11:40 da tarde  
Blogger Unknown said...

Ainda não entendi o que se espera dos profissionais do SNS... Os objectivos são vagos e os incentivos ao aperfeiçoamento são quase nulos...

Quem julgam que é o motor do SNS? Os políticos ou os profissionais?
Não conheço área nenhuma da sociedade tão autocrítica e proactiva como a dos profissionais de saúde ( e não incluo nesta classe administradores) apenas enfermeiros, técnicos, médicos, farmacêuticos e outros! Corporativismo? Talvez mas acima de tudo a constatação de que quanto mais a economia se intromete na Saúde mais ela piora...

Um sector que deveria ser eminentemente guiado pela evidência científica é manipulado por políticos que de saúde nada entendem.

3:52 da manhã  

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