Malandros dos Farmacêuticos
Na penúltima informação publicada pelo Infarmed, correspondente ao período Jan-Jul 2010, a despesa do SNS com medicamentos registava um aumento de 10,5% relativamente ao período homólogo de 2009.
Depois disso entrou em vigor um pacote complementar com o qual o Governo pretendia poupar 250 milhões.
E o que é que aconteceu entretanto. Surprise!
Segundo informação disponibilizada, hoje, pelo Infarmed no seu site, a despesa do SNS com medicamentos, no período Jan-Set, registou nova derrapagem com a taxa homóloga a crescer para os 12,4%.link
Mais este infortúnio causado, segundo Ana Jorge, pelos «malandros dos farmacêuticos que se puseram a telefonar para casa dos idosos, reformados e pobres, incitando-os a gastar a reforma por inteiro na “criminosa” compra antecipada de medicamentos».
Depois disso entrou em vigor um pacote complementar com o qual o Governo pretendia poupar 250 milhões.
E o que é que aconteceu entretanto. Surprise!
Segundo informação disponibilizada, hoje, pelo Infarmed no seu site, a despesa do SNS com medicamentos, no período Jan-Set, registou nova derrapagem com a taxa homóloga a crescer para os 12,4%.link
Mais este infortúnio causado, segundo Ana Jorge, pelos «malandros dos farmacêuticos que se puseram a telefonar para casa dos idosos, reformados e pobres, incitando-os a gastar a reforma por inteiro na “criminosa” compra antecipada de medicamentos».
Notas:
Despesa Hospitais, taxa homóloga: 4,3% link
Quota de mercado (valor) dos Medicamentos genéricos: 19,18% link
Placebo
Etiquetas: bater no fundo, Medicamento
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ministra da saúde acusou hoje as farmácias de incitarem os utentes a comprar mais medicamentos em Setembro devido à alteração das comparticipações, o que terá contribuído para o aumento da despesa com fármacos. “Houve uma corrida às farmácias motivada pelas próprias que telefonaram para casa dos seus clientes dizendo que as comparticipações dos medicamentos iam ser alteradas”, afirmou Ana Jorge, citada pela Lusa, à margem de uma conferência em Lisboa. A ministra classificou, ainda, a atitude das farmácias como “um comportamento pouco cívico”, lembrando que “quanto mais caros vendem os medicamentos, mais ganham”.
Em reacção ao PÚBLICO, o presidente da ANF, João Cordeiro, acusou a ministra de “irresponsabilidade” nas suas declarações. E acrescentou: “Convém lembrar a senhora ministra que são os seus colegas médicos que passam as receitas que a farmácia vende”. O representante da maior associação do sector assumiu que as vendas em Setembro foram superiores, mas insistiu que foi o próprio anúncio da tutela sobre a redução das comparticipações que gerou uma corrida aos médicos por parte dos utentes.
“Para a senhora ministra os malfeitores são sempre os farmacêuticos. É uma ideia fixa que tem mas é bom que tenha a noção do ridículo e que se lembre que são os médicos que passam as receitas”, reiterou, lembrando que para haver comparticipação é obrigatório que o medicamento tenha sido prescrito por um clínico.
Uma posição corroborada pela presidente da AFP, que lamentou as declarações da titular da pasta da Saúde, dizendo que “as farmácias só podem dispensar o que as pessoas trazem no receituário, que é da responsabilidade do médico e não do farmacêutico”. Helena Machado garantiu mesmo que a corrida às farmácias não é uma novidade: “Acontece sempre que há uma alteração nas comparticipações por parte do Ministério da Saúde mas insisto que é aos médicos que os utentes acorrem para pedirem receituário”.
Mais 38 milhões que em 2009
Setembro foi o mês em que o Estado gastou mais dinheiro com comparticipações de medicamentos. Foram batidos todos os recordes: os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com remédios vendidos nas farmácias ultrapassaram os 175 milhões de euros em Setembro, mais 38 milhões do que no mesmo mês de 2009, segundo dados do Infarmed.
O gasto com remédios nas farmácias fez disparar a despesa para mais 12,4 por cento do que em 2009, quando a meta estabelecida no Orçamento do Estado de 2010 se ficava por um crescimento de apenas 1,8 por cento. Na base do agravamento da factura do SNS em Setembro está a corrida às farmácias verificada depois de a ministra da Saúde ter anunciado um novo pacote de medidas para a redução da despesa com medicamentos, nomeadamente o fim dos remédios gratuitos para os cerca de um milhão de pensionistas de menores rendimentos e descidas nas comparticipações.
Um estudo da consultora IMS Health sobre o impacto anual destas medidas, recentemente divulgado, aponta para uma poupança para o Governo de 332 milhões de euros, 172 milhões dos quais “por via da contracção de mercado” e 150 milhões “pelo aumento da despesa para o utente”.
JP 11.11.10
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