Andam a tramar-nos há muito!
«O Estado deve delegar cuidados de saúde se não puder garanti-los» link
Esta declaração de Aníbal Cavaco Silva, ao jeito de primeiro ministro da República, traz os portugueses indignados.
Sabe-se da intenção do Governo em descartar a prestação de cuidados de saúde através da concessão da gestão de hospitais e Centros de Saúde a operadores dos sectores privado e social.
Estranha-se que seja o PR (de todos os portugueses) a fazer a defesa pública destes objectivos programáticos do Governo. Se não é provocação parece.
«Pedro Lopes, presidente da APAH, gostava de utilizar todas as possibilidades do modelo EPE antes de avançar para esta medida, pois tem permitido aos hospitais governarem «de forma mais expedita» e mais «consentânea» com as suas necessidades, o que se tem traduzido numa «melhoria dos indicadores e dos resultados». O que «Só mostra que este é o caminho correcto».
Até porque, «não está provado que o sector privado faça melhor que o sector público», nem os «processos de monitorização, controlo e acompanhamento destes processos têm qualidade» como ficou claro no caso da concessão da gestão do Hospital Fernando Fonseca ao Grupo Mello.» (TM: 11.07.11)
Parece-nos correcta esta posição do presidente da APAH. O que é essencial e importante é avaliar, discutir e implementar modelos de gestão eficientes e mecanismos de avaliação de desempenho eficazes nos nossos hospitais.
Mas para este Governo e o PR a obssessão maior é a redução do Estado, o combate às corporações e, finalmente, a destruição do SNS em favor dos empresários privados empenhados em arrebanhar os dinheiros públicos da Saúde.
NOTA : Curiosamente o “Programa de Estabilidade e Crescimento - período 2002-2005”, do XIV Governo Constitucional de António Guterres já previa a concessão de gestão de hospitais públicos a entidades privadas e outras malandrices do género. link
Como costuma desabafar um colega meu amigo quando abordamos estas matérias: «Estes gajos já nos andam a tentar foder há muito.»
«Reformas institucionais para racionalizar a decisão: O desenvolvimento de modelos de gestão empresarial, tanto nos hospitais como em cuidados de saúde primários concretiza-se nas seguintes modalidades: • concessão de gestão de hospitais públicos a entidades privadas;
• lançamento de parcerias público-privadas e público-públicas (PPP); • celebração de concessão de gestão de centros de saúde com cooperativas de médicos, através de contratos programas; • este processo aprofundará as experiências realizadas nos últimos anos, designadamente: o hospital enquanto entidade empresarial pública (Hospital Santa Maria da Feira); o Hospital integrado numa unidade local de saúde (Matosinhos); o hospital público com concessão de gestão a entidade privada (Hospital Amadora-Sintra);
Programa de estabilidade e crescimento, período 2002-2005
Esta declaração de Aníbal Cavaco Silva, ao jeito de primeiro ministro da República, traz os portugueses indignados.
Sabe-se da intenção do Governo em descartar a prestação de cuidados de saúde através da concessão da gestão de hospitais e Centros de Saúde a operadores dos sectores privado e social.
Estranha-se que seja o PR (de todos os portugueses) a fazer a defesa pública destes objectivos programáticos do Governo. Se não é provocação parece.
«Pedro Lopes, presidente da APAH, gostava de utilizar todas as possibilidades do modelo EPE antes de avançar para esta medida, pois tem permitido aos hospitais governarem «de forma mais expedita» e mais «consentânea» com as suas necessidades, o que se tem traduzido numa «melhoria dos indicadores e dos resultados». O que «Só mostra que este é o caminho correcto».
Até porque, «não está provado que o sector privado faça melhor que o sector público», nem os «processos de monitorização, controlo e acompanhamento destes processos têm qualidade» como ficou claro no caso da concessão da gestão do Hospital Fernando Fonseca ao Grupo Mello.» (TM: 11.07.11)
Parece-nos correcta esta posição do presidente da APAH. O que é essencial e importante é avaliar, discutir e implementar modelos de gestão eficientes e mecanismos de avaliação de desempenho eficazes nos nossos hospitais.
Mas para este Governo e o PR a obssessão maior é a redução do Estado, o combate às corporações e, finalmente, a destruição do SNS em favor dos empresários privados empenhados em arrebanhar os dinheiros públicos da Saúde.
NOTA : Curiosamente o “Programa de Estabilidade e Crescimento - período 2002-2005”, do XIV Governo Constitucional de António Guterres já previa a concessão de gestão de hospitais públicos a entidades privadas e outras malandrices do género. link
Como costuma desabafar um colega meu amigo quando abordamos estas matérias: «Estes gajos já nos andam a tentar foder há muito.»
«Reformas institucionais para racionalizar a decisão: O desenvolvimento de modelos de gestão empresarial, tanto nos hospitais como em cuidados de saúde primários concretiza-se nas seguintes modalidades: • concessão de gestão de hospitais públicos a entidades privadas;
• lançamento de parcerias público-privadas e público-públicas (PPP); • celebração de concessão de gestão de centros de saúde com cooperativas de médicos, através de contratos programas; • este processo aprofundará as experiências realizadas nos últimos anos, designadamente: o hospital enquanto entidade empresarial pública (Hospital Santa Maria da Feira); o Hospital integrado numa unidade local de saúde (Matosinhos); o hospital público com concessão de gestão a entidade privada (Hospital Amadora-Sintra);
Programa de estabilidade e crescimento, período 2002-2005
drfeelgood
Etiquetas: Cavaco, liberais pacotilha, XIX gov
4 Comments:
As declarações do Presidente da República sobre o SNS -- uma sobre a delegação de tarefas às misericórdias e outra sobre pagamento diferenciado dos cuidados de saúde de acordo com os rendimentos -- não confirmam somente que ele insiste em invadir a esfera governativa, dedendendo propostas e iniciativas que só ao Governo compete fazer. Revelam também o seu total alinhamento com o projecto do Governo para esta área, abandonando qualquer preocupação de distanciamento em relação ao executivo em funções, que qualquer Presidente da República sempre deveria resguardar.
vital moreira, causa nossa
A saúde vai andar a missas e a conversas em família com o PR, cheio de misericórdia.
Cambalhotas intelectuais do "nosso" PR. A saúde vai andar a missas e a conversas com "a misericórdia".
O PR não vai terminar o mandato com a devida [aos portugueses]dignidade.
Embrulhou-se na luta política e fez opções partidárias... Dificilmente sairá incólume desta insana aventura...
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