Exercício democrático
foto NYT
Passos anuncia imposto extraordinário sobre subsídio de Natal; link Governo avança com privatizações e fim dos direitos especiais. link
Sabemos da experiência grega que o governo não vai conseguir travar o crescimento da dívida com este tipo de medidas: Esperam-nos cortes e mais cortes da despesa e aumentos sucessivos de impostos para fazer face à redução da receita fiscal provocada pela recessão.
Já se percebeu que este governo vai acabar por afundar o que resta do país por incompetência, inexperiência e preconceito ideológico.
Chegou a hora de todo o cidadão português que se preze cumprir a obrigação patriótica de comprar, quanto antes, uma máscara anti-gás com filtro de protecção.
drfeelgood
Passos anuncia imposto extraordinário sobre subsídio de Natal; link Governo avança com privatizações e fim dos direitos especiais. link
Sabemos da experiência grega que o governo não vai conseguir travar o crescimento da dívida com este tipo de medidas: Esperam-nos cortes e mais cortes da despesa e aumentos sucessivos de impostos para fazer face à redução da receita fiscal provocada pela recessão.
Já se percebeu que este governo vai acabar por afundar o que resta do país por incompetência, inexperiência e preconceito ideológico.
Chegou a hora de todo o cidadão português que se preze cumprir a obrigação patriótica de comprar, quanto antes, uma máscara anti-gás com filtro de protecção.
drfeelgood
Etiquetas: crise euro, liberais pacotilha
8 Comments:
Um pouco mais de isenção sff
Se este imposto extraordinário tivesse sido decidido por Sócrates, por mais que justificado fosse, cairia o Carmo e a Trindade, sendo cruxificado pelos comentadores da nossa praça.
Agora que foi criado pelo governo de direita, que antes das eleições nunca fez sequer menção de tal eventualidade e sem sequer estar previsto no exigente programa de ajustamento da UE e do FMI, os mandarins e valetes que tomaram conta do comentário político-económico entre nós -- e que em egral alinhavam com a teoria do saneamento das contas públicas por via do corte na despesa e não por via de receitas fiscais adicionais -- manifestam a maior compreensão, se não mesmo aplauso.
Uma vergonha, tanta incoerência e parcialidade política!
vital moreira, causa nossa
Directamente do seu subsídio de natal para o BPN: diário da república de hoje. Estamos enCavacados. Não seria de ir passar férias à Aldeia da Coelha, sem avisar?
in Cinco Dias
Pelo andar da carruagem
"Há um provérbio popular que, devidamente adaptado, se pode aplicar com proveito a governos: "Pelo andar da política fiscal se vê quem vai lá dentro". Porque, sendo a política fiscal um instrumento de redistribuição da riqueza e do rendimento, ela espelha, mais do que nenhuma outra, o rosto de uma governação.
Como se propõe um governo obter recursos?; como se propõe redistribui-los?, são questões cujas respostas dizem quase tudo o que quisermos saber sobre esse governo mas tivermos vergonha de perguntar.
Com o corte de 50% dos subsídios de Natal, o novo Governo tenciona obter 800 milhões de euros, saídos (na verdade nem lá chegarão a entrar) dos bolsos de trabalhadores e reformados.
E para onde irá tanto dinheiro? Com mais 800 milhões poupados em "acomodações" na despesa do Estado que "o senhor ministro das Finanças detalhará nas próximas semanas" (preparemo-nos para o pior, designadamente para mais cortes nos apoios sociais e na saúde), servirá para compensar os 1 600 milhões que o Estado deixará de cobrar com a redução de 4% da TSU das empresas. O que é o mesmo que dizer que 50% dos subsídios de Natal dos trabalhadores e reformados, mais as "acomodações" ainda a anunciar, irão parar às contas bancárias dos empresários. Será reconfortante ver passar um Ferrari (pelo menos em regiões deprimidas como a do Vale do Ave) e imaginar que talvez uma porca de um daqueles pneus seja o nosso subsídio de Natal. link
Manuel António Pina
Estado ladrão
No mesmo momento em que promete retirar aos cidadãos todos os direitos essenciais, Pedro Passos Coelho assalta-lhes a carteira sem qualquer pudor. Mas faz muito mais do que isso: todos os que, por o Estado nunca os ter defendido, não recebem subsídio de Natal, vão pagar impostos como se recebessem. Ou seja: para os direitos, não existem; para os deveres, lá estão eles. Para receber, não são trabalhadores por conta de outrem e por isso não recebem subsidio de Natal; para pagar, vamos todos fingir que o recebem.
A minha pergunta, neste momento, é simples: se Passos Coelho promete reduzir o Estado ao mínimo, privatizar tudo o que mexe, que argumento moral pode usar para pedir aos portugueses para pagarem impostos? Quando uma parte razoável do empréstimo que pedimos vai direito para o reforço da banca, como se convencem os contribuintes a serem cumpridores? Se vai privatizar empresas que dão lucro, que argumento tem na manga para nos pedir sacrifícios? Se o seu papel se resume a leiloar o Estado e a cobrar impostos, como espera pedir sacrifícios aos portugueses.
Daniel Oliveira, expresso on line
Ou antes: Governo ladrão!
Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.
José Saramago - Cadernos de Lanzarote
Este Governo tem-se esforçado por fazer passar uma imagem fresca e renovada. Tocada aos sete ventos pelos nossos subservientes órgãos de comunicação.
Tornou-se confrangedor ver/ouvir/ler as permanentes, untuosas e elogiosas referências a tudo o que diga respeito ao novo Governo.
Os parlamentares da nova maioria PSD-CDS-PP passaram de repente de azeiteiros a mais elegantes como por encanto. Mudou o tom dos discursos, do debate e das respostas (Ricardo Costa, quem disse a este gajo que era jornalista..., sempre à babugem do que lhe dá jeito).
«A surpresa do dia foi a calma desconcertante de Vítor Gaspar»
(Xanax is a benzo used to treat anxiety and panic disorders)
Faz nojo.
Mas o verniz da surpreendente transformação quebrou-se logo na primeira sessão com o anúncio do roubo de 50% do subsidio de Natal dos portugueses, muitos já arrependidos de ter votado nestes aldrabões.
Como a paciência já esgotada para aturar as novas caganças do comensal do restaurante "O Comilão", deixo aqui esta exortação: Vamo-nos a eles. Porrada nos liberais de pacotilha.
NOTA: Não vai ser necessário. Os liberais de pacotinha em breve estarão tolhidos na mais cega e incompetente das embrulhadas.
Acontece que a inteligência não se delega nem a sua falta é susceptível de disfarce.
Tinha curiosidade em saber onde vai ser aplicada a metade confiscada do seu subsídio de Natal? Descubra qui.
E, vá lá, é por uma boa causa. Os senhores banqueiros do BPN (aquele banco onde o nosso Presidente da República depositou as poupanças de uma vida, lembra-se?) andam pelas ruas da amargura há tanto, tanto tempo, que até dava pena. E o povo não quer isso. O povo quer que o sistema financeiro arribe para que lhe continue a cobrar juros e a ganhar milhões pagando menos impostos do que qualquer empresa ou contribuinte individual. Viva nós.
Sérgio Lavos, arrastão
As imagens mais significativas da noite eleitoral foram publicadas pelo Expresso e tiradas no sancta sanctorum de Passos Coelho, a suite do hotel onde esperou pelos resultados. Uma delas é particularmente reveladora. Aí está o núcleo duro do poder actual no PSD, logo no estado, logo no governo, que não sendo inteiramente a mesma coisa, são quase a mesma coisa pela hegemonia dos partidos na vida pública. Aí está o gestor Passos Coelho, o empresário luso-cabo-verdiano-brasileiro Miguel Relvas, e o vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia, administrador do Metro do Porto, cônsul da Bielorrússia, Marco António, respectivamente, Presidente do PSD e próximo Primeiro-ministro, o secretário-geral do PSD e o Vice-Presidente do PSD. Também está um profissional da agência de comunicação que trata da “imagem” de Passos Coelho, e a comunicação social na pessoa de, pelo menos, um fotógrafo. Este teve o especial privilégio de ouvir o telefonema de Passos Coelho com José Sócrates a pretexto de imortalizar o momento. O facto de a tríade anterior não conseguir dar um passo sem ser “na cama com” a comunicação social e com agências de comunicação, é também significativo. Aqui Sócrates não se foi embora. E também Sócrates não se foi embora no gadget que todos manipulam, o telemóvel, aquela que é a arma preferida de todas as “jotas”, sem a qual não sabem viver. Passos olha para a televisão, os operacionais consultam os telemóveis pelos quais têm os resultados em tempo mais real do que o Ministério da Administração Interna. Olhem bem as fotografias. Está lá tudo. link
josé pacheco pereira, abrupto
Oposição à nova maioria PSD-CDS-PP: Felizmente há sempre alguém disponível a dar uma ajudinha.
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