domingo, fevereiro 2

O estado da Saúde

Jerónimo de Sousa, no final de uma visita ao Hospital Garcia de Orta,  concluiu que a urgência do Hospital Garcia de Orta reflecte o agravamento das condições de vida de muitos portugueses obrigados a recorrerem àquele serviço devido ao encerramento de serviços de saúde. “A política de encerramentos das unidades de proximidade dos últimos anos, leva a que muitos idosos recorram às urgências, porque não têm médico de família, não têm acompanhamento de qualquer serviço de saúde . Vêm para o hospital sem alternativa, porque a única alternativa é morrerem”.
O dirigente comunista alertou para a destruição progressiva do SNS, não por decreto, mas através de sucessivos cortes orçamentais e da precariedade das relações de trabalho dos profissionais de saúde, que acabam por prejudicar a qualidade do serviço prestado aos utentes.
Segundo Jerónimo de Sousa, a defesa do SNS passa por uma nova política de saúde. “Nós consideramos fundamental que o SNS, que a Constituição da República consagra, ainda pode ser defendido desde que haja uma política diferente que respeite quem trabalha, que não destrua mais serviços de proximidade fundamentais para as populações e, particularmente, para os idosos”. link
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Dentro em breve, o SNS mais se parecerá com um molho de brócolos. O acesso a cuidados de qualidade apenas possível aos detentores de seguros de saúde em unidades privadas de referência. Com a taxa de mortalidade dos pobres idosos indefesos, sempre a subir, entre picos de ondas de calor e gripes de inverno.
Clara Gomes

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