sábado, setembro 15

HPR, para fechar



A Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) propôs ao ministro da Saúde o encerramento imediato do SU do Hospital D.Luís de Peso da Régua, na sequência do inquérito à assistência prestada a Jorge Monteiro Ferreira Pinto de que resultou a sua morte devido à falta de equipamentos e meios humanos adequados à assistência em situações de urgência/emergência. link Acresce que este SU não se encontra previsto na rede de referênciação de urgência/emergência de 2001, nem na proposta de novos pontos de rede de urgência, tendo sido proposto o seu encerramento pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências.

Segundo a IGAS, o SU do HPR funciona como um verdadeiro SAP em ambiente hospitalar sem capacidade de resposta para situações urgentes/emergentes. Todos os doentes urgentes ou emergentes do HPR, são encaminhados para o SU do Hospital de S. Pedro, podendo, assim, com grande probabilidade, correr sério perigo de vida.

O HPR atende diariamente uma média 1-2 doentes por hora, período de 12 horas– 20h-8h00 (recorde-se que serve uma população de 32.327 habitantes). Durante o período de funcionamento não existem serviços de apoio médico (designadamente RX ou análises clínicas). O SU conta apenas com um médico (de acordo com o despacho 1859/2006 de 12.09, o SUB deve ter a presença, em simultâneo, de dois médicos).

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2 Comments:

Blogger tambemquero said...

O Ministério da Saúde recusou o pedido do presidente da Câmara de Peso da Régua para instalar um serviço de urgência básica no hospital local, e propôs a criação de um consulta aberta para casos agudos não programáveis.

O autarca, Nuno Gonçalves, encontrou-se hoje com o ministro da Saúde, Correia de Campos, para acerto da decisão final sobre a urgência do hospital D. Luiz I, na sequência de um relatório da Inspecção Geral das Actividades de Saúde (IGAS) que pede o encerramento do serviço por «não reunir as condições mínimas».

Em comunicado, o Ministério da Saúde afirma que o presidente do Município de Peso da Régua insistiu no pedido de um serviço de urgência básica, mas «pelas razões já conhecidas, e corroboradas pelos serviços regionais de saúde e pela IGAS, esse pedido é de todo injustificado».

Para a tutela, a disponibilidade de uma consulta aberta, entre as 08:00 e as 22:00, realizada pelos próprios médicos de família do concelho, «representa uma importante mudança quantitativa e qualitativa face à situação actual, incomparavelmente superior a consultas a cargo de médicos contratados de fora, ao dia, sem acesso regular a informação sobre o processo clínico de cada doente».

Correia da Campos prevê também que, até 31 de Dezembro de 2007, o internamento do Hospital D. Luís I seja parcialmente reconvertido numa unidade de cuidados continuados integrados.

DD 14.09.07

1:34 da tarde  
Blogger e-pá! said...

O título do post pode induzir em erro sugerindo o fecho puro e simples do Hospital de Peso da Régua...

As soluções referenciadas por "tambemquero" no final do comentário - "consulta aberta" das 08:00 às 22:00 h e a transformação parcial do internamento em unidade de cuidados integrados - parecem-me uma resposta adequada ao parecer da IGAS.

Interessa, contudo, verificar, diria mesmo, testar, a operacionalidade da rede de emergência pré-hospitalar.
Até ao fim do ano há tempo para isso!

10:25 da tarde  

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