Equipa maravilha
No reino do faz de conta governa Anã Gripada (AG), acolitada por Gasparzinho, que uma bolada do Trocas fez saltar do jogo de matrecos de são bento. O outro principezinho faz de morto, que o jogo que lhe interessa passa-se a norte.
O bom povo do reino está cansado e em ressaca do longo folhetim da gripe com que AG entrava diariamente na TV, assim entre a Chefe de Divisão das Gripes e a aspirante a política popularucha lançada pela legião de assessores de imprensa. Ficou um registo de muita conversa, muita despesa e muito desperdício em vacinas.
Esforçou-se por contentar os médicos e outras carreiras, ora acenando com menor horário, maior salário e regime especial para reformados ora com a contratação de "camaradas" cubanos e outros sul-americanos. Sem nenhuma ideia válida ou esboço de visão para o governo do reino trouxe maior despesa e ineficácia total.
A "novidadezinha " chegou com os bolsos cheios de propostas habilidosas. Um novo sistema de financiamento, com cortes aos hospitais que chegavam a ultrapassar os 15% - voltou para o bolso às primeiras reacções negativas. Uma habilidade com adiantamentos da ADSE redundou em quebra de receitas acima de 10% e em avultadas dívidas. Começou por dizer que não se mexia no descalabro dos gastos em medicamentos, "porque era necessário proteger a indústria" (que precisa tanto!!!), quando o povo pensava que o SNS era para proteger os doentes e os que arcam com os impostos - acabou num corte de preços de medicamentos. Descobriu agora, um ano passado da debutância, que o que era necessário era um "roadshow" pelos hospitais. Shows são precisamente o que não precisamos.
Veio agora AG proclamar que os mais de mil milhões que se iam cortar "não afectavam a qualidade", coisa que ninguém no reino acredita. Vindo de quem confunde milhões com milhares de milhão e achou que "provavelmente não iria ler o livro sobre a sustentabilidade do SNS" parece assim um "poucochinho impraticável", como diria o outro. Mas se o corte não afecta a qualidade faltou a explicação porque não evitou então o gasto nos quatro anos da despesas desnecessária, quatro mil milhões, o que teria evitado o galopar da dívida pública asfixiante para o reino.
Um jornal titulava que "a matemática é como o sexo: exige prática". Por falta de prática na matemática vai "coisando" o SNS e as contas ao Teixeira dos Santos!
Ed Mhais
O bom povo do reino está cansado e em ressaca do longo folhetim da gripe com que AG entrava diariamente na TV, assim entre a Chefe de Divisão das Gripes e a aspirante a política popularucha lançada pela legião de assessores de imprensa. Ficou um registo de muita conversa, muita despesa e muito desperdício em vacinas.
Esforçou-se por contentar os médicos e outras carreiras, ora acenando com menor horário, maior salário e regime especial para reformados ora com a contratação de "camaradas" cubanos e outros sul-americanos. Sem nenhuma ideia válida ou esboço de visão para o governo do reino trouxe maior despesa e ineficácia total.
A "novidadezinha " chegou com os bolsos cheios de propostas habilidosas. Um novo sistema de financiamento, com cortes aos hospitais que chegavam a ultrapassar os 15% - voltou para o bolso às primeiras reacções negativas. Uma habilidade com adiantamentos da ADSE redundou em quebra de receitas acima de 10% e em avultadas dívidas. Começou por dizer que não se mexia no descalabro dos gastos em medicamentos, "porque era necessário proteger a indústria" (que precisa tanto!!!), quando o povo pensava que o SNS era para proteger os doentes e os que arcam com os impostos - acabou num corte de preços de medicamentos. Descobriu agora, um ano passado da debutância, que o que era necessário era um "roadshow" pelos hospitais. Shows são precisamente o que não precisamos.
Veio agora AG proclamar que os mais de mil milhões que se iam cortar "não afectavam a qualidade", coisa que ninguém no reino acredita. Vindo de quem confunde milhões com milhares de milhão e achou que "provavelmente não iria ler o livro sobre a sustentabilidade do SNS" parece assim um "poucochinho impraticável", como diria o outro. Mas se o corte não afecta a qualidade faltou a explicação porque não evitou então o gasto nos quatro anos da despesas desnecessária, quatro mil milhões, o que teria evitado o galopar da dívida pública asfixiante para o reino.
Um jornal titulava que "a matemática é como o sexo: exige prática". Por falta de prática na matemática vai "coisando" o SNS e as contas ao Teixeira dos Santos!
Ed Mhais
Etiquetas: Ana Jorge, bater no fundo
1 Comments:
Da estragação ao colapso...
A visão sobre a "insustentabilidade", i.e., a degradação de todos os mecanismos e meios sustentáveis - arma que a Direita vai esgrimir contra o SNS - já afecta largos sectores deste serviço público tendo, os "zig-zags" da política de contenção [a racionalização] da despesa do medicamento, assumido aspectos verdadeiramente indecorosos, para não dizer escabrosos.
O "chorrillho" de dívidas acumulado tornou-se um exemplar caso de concepção de políticas inconsistentes e um paradigma de gestão insolvente, um ancestral estigma da gestão na Saúde: a "sub-orçamentação" [crónica] e de todos os desvarios e malabarismos que tem originado.
Este descalabro afectará inexoravelmente as possibilidades de gestão das gerações futuras que ficarão incapazes de suprirem as necessidades e os compromissos sociais [constitucionais] do SNS.
A "estragação" continua devastadora, relevando "a conta-gotas" todos os buracos do descontrolo e - independentemente das profissões de fé dos actuais responsáveis - aproxima-se do colapso do sistema tal como foi concebido e o conhecemos.
Para além de uma ruinosa gestão financeira e de recursos humanos o que está em cima da mesa, neste momento, é o questionamento da "sustentabilidade comunitária" do SNS.
Logo, o retrato de uma confrangedora inépcia política na defesa do Estado Social.
Não precisamos de [re]inventar o futuro, ele está, dramaticamente, a ruir diante de nós...
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