Já não há pachorra…
foto portal saúde
Telmo
Ana Jorge admite que médicos têm culpa na prescrição excessiva de medicamentos
Depois de ter acusado as farmácias de incitarem os doentes a comprar medicamentos, a ministra da Saúde, Ana Jorge, reconheceu, esta sexta-feira, que os médicos também «têm responsabilidade» no excesso de prescrição de fármacos.
«Todos serão responsáveis e obviamente que os médicos são o início da cadeia porque são os prescritores dos medicamentos», afirmou Ana Jorge, citada pela edição online do Público, à margem de uma cerimónia na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Declarações que surgem depois de, na passada quinta-feira, Ana Jorge ter afirmado que «houve uma corrida às farmácias motivada pelas próprias, que telefonaram para casa dos seus clientes dizendo que as comparticipações dos medicamentos iam ser alteradas».
…Só a pobre da senhora não se sente responsável por nada…
Depois de ter acusado as farmácias de incitarem os doentes a comprar medicamentos, a ministra da Saúde, Ana Jorge, reconheceu, esta sexta-feira, que os médicos também «têm responsabilidade» no excesso de prescrição de fármacos.
«Todos serão responsáveis e obviamente que os médicos são o início da cadeia porque são os prescritores dos medicamentos», afirmou Ana Jorge, citada pela edição online do Público, à margem de uma cerimónia na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Declarações que surgem depois de, na passada quinta-feira, Ana Jorge ter afirmado que «houve uma corrida às farmácias motivada pelas próprias, que telefonaram para casa dos seus clientes dizendo que as comparticipações dos medicamentos iam ser alteradas».
…Só a pobre da senhora não se sente responsável por nada…
Telmo
Etiquetas: Ana Jorge, bater no fundo, Medicamento
10 Comments:
Ainda bem que, para além dos trabalhadores da saúde, há mais alguém que se preocupa com os doentes. Obrigado aos Farmacêuticos.
Quanto a prescrição excessiva de medicamentos pelos médicos, a Dra. Ana Jorge certamente falará por si própria?! Enfim, desculpas de mau pagador!
Sugerimos como alternativa a esta política de desastre uma gestão pública do hospital de Cascais, acabando com as parecerias público-privadas que tantos malefícios têm trazido à população e ao País
Marco Varela, coordenador da Concelhia de Cascais do PCP
JP, 09.11.10
Et Pluribus Unum [*]
Falta, por fim, responsabilizar os utentes...que foram azucrinar os médicos para lhe "passarem" receitas que garantissem algum tempo de livre das alterações dos escalões, facto para o qual tinham sido alertados [pelo telefone, SMS, fax, e-mail, etc.] pelos farmacêuticos...
Mais, receosos que a descida administrativa do preço dos medicamentos em 6% pudesse originar retaliações da APIFARMA [como foi publicamente insinuado], como p. exº., rupturas no mercado distribuidor, açambarcaram medicamentos de que necessitavam para os próximos tempos...
Um autêntico complot contra a delineada e bem sucedida política do medicamento imaginada por Casper,the friendly ghost.
De facto, os utentes não colaboraram. Uns ingratos!
Resolveram fazer contas à vida e bugiaram-se para a magistral estratégia do MS de redução da despesa com as mudanças de escalão na comparticipação de medicamentos.
Talvez, o fazer contas à vida, nesta altura do campeonato, seja, para a Senhora Ministra, "uma falta de civismo".
Mas a Drª. Ana Jorge deverá perceber que é dificil ser responsável quando desaba a confiança.
[*] - O SLBenfica nada tem a ver com este assunto...
“Não há razão para que a redução do valor atribuído a cada uma das instituições de saúde tenha um impacto directo na produção, isto é, no número de consultas”, disse Ana Jorge, em declarações à margem da sessão de abertura do IV Fórum Nacional da Diabetes.link
A ministra da Saúde defende que os administradores hospitalares têm de “aumentar a eficiência” com o valor que têm disponível.
“Isso significa gerir bem o valor que têm, mantendo a produtividade. É isso que é exigido aos bons gestores”, explicou a responsável, acrescentando estar convencida que as administrações “vão ser capazes” de fazer isso.
Questionada sobre o facto de os hospitais não terem feito, até agora, mais com menos dinheiro, Ana Jorge respondeu: “vamos aproveitar os períodos de crise para os tornar em oportunidade”.
“Talvez seja bom que o facto de termos pouco e termos este problema da crise e termos de reduzir o défice sirva para introduzir medidas de gestão que muitas vezes são mais difíceis de fazer”, adiantou a governante.
Ana Jorge realçou ainda que é preciso que todos os profissionais e cidadãos em geral tenham consciência que “o problema é sério” e que “é gerir bem e utilizando bem os serviços de saúde” que se pode contribuir para se ter “saúde para todos”.
JP 13.11.10
Cada vez que a senhora ministra abre a boca sai disparate.
Não sei como chamar a isto, se cúmulo do desplante ou milagre da multiplicação dos euros.
Que moral tem a senhora ministra para apregoar a eficiência dos hospitais se nunca fez nada por eles que se visse e passou a maior parte do seu mandato a assobiar como a cigarra a promover a vacina da gripe e o desperdício.
Vá-se embora senhora ministra, que nós, cansados de tanta incompetência, já não temos pachorra para a ouvir
Benckmarking
A ministra da saúde faz lembrar uma velha piada contada no dealbar da era informática. Com feito no que diz respeito à profundidade do seu conhecimento, relativamente às questões do sistema de saúde existe uma profunda semelhança sobre o que se dizia, naquele tempo, sobre a comparação entre o computador americano e o computador português: o primeiro tinha memória enquanto, o segundo, apenas tinha uma vaga ideia
“Não há razão para que a redução do valor atribuído a cada uma das instituições de saúde tenha um impacto directo na produção, isto é, no número de consultas”... afirmção da Ministra Ana Jorge, no IV Fórum Nacional da Diabetes.
E o esvaziamento de recursos humanos?
Quando chegará o dia em que esta equipa ministerial mostará o mínimo discernimento e competência para estudar profundamente os impactos?
Por este caminho corre o risco de não acertar uma única medida...
A falta de planeamento e estratégia põe em causa acesso da população de Cascais aos cuidados de saúde.
É necessário e urgente dar resposta a quatro conjuntos de questões, nomeadamente:
- A resposta, ou falta dela, dos actuais equipamentos de saúde no Concelho de Cascais às necessidades dos utentes. Quer em termos físicos dos equipamentos, quer em termos dos meios humanos, existem cerca de 55 mil utentes sem médico de família. O Centro de Saúde de Carcavelos funciona sem as mínimas condições para utentes e trabalhadores, num espaço extremamente exíguo para as reais necessidades da população da Freguesia; o novo Hospital de Cascais, pouco mais de 6 meses após a sua inauguração, apresta-se a entrar em ruptura operacional, não dando a necessária resposta em termos de camas para internamento, com doentes nos corredores a receberem tratamento, por outro lado os 2 equipamentos de saúde, que o novo Hospital veio substituir, estão desactivados, servindo o antigo Hospital de Cascais para temporariamente acolher o Centro de Saúde de Cascais que se encontra em obras.
A necessidade de mais médicos de família no Concelho tem de ser uma prioridade, o acesso à saúde é condicionado por cerca de 55 mil utentes não terem medico de família e as consultas de urgência para estes utentes terem sido centralizadas nos Centros de Saúde da Parede e Alcabideche.
- Os trabalhadores da saúde no Concelho vivem uma situação de grande instabilidade e corte nos seus direitos. Contratos precários, empresas de aluguer de mão-de-obra, despedimentos e saída de trabalhadores são situações que importa inverter.
As próprias condições de trabalho são, em alguns casos, deficientes, como em cima se demonstra.
...
A Comissão Concelhia de Cascais
do Partido Comunista Português
...
- A rede de transportes públicos que serve o Concelho é claramente insuficiente. Em termos de acesso à saúde, as condicionantes aumentam com o pagamento de estacionamento no Hospital de Cascais, imposto pelos privados.
Todo o Concelho de Cascais é afectado pelo insuficiente serviço publico prestado pela Scotturb, concessionaria do transporte público rodoviário no Concelho. O acesso à saúde é condicionado pelas poucas carreiras a servir o novo Hospital e Centros de Saúde, havendo casos em que um utentes necessita de apanhar 3 ou mais transportes para chegar aos referidos equipamentos, ainda agravado pelo facto do Concelho de Cascais não estar integrado no Passe Social.
Perante esta situação, sendo quase obrigado a recorrer ao transporte próprio, os utentes são confrontados no novo Hospital com o pagamento do Parque de Estacionamento, que só serve para aumentar ainda mais os lucros da empresa Teixeira Duarte, como se uma ida ao novo Hospital não fosse uma necessidade.
- A política do Governo PS, com o acordo e participação activa do PSD, degrada o Serviço Nacional de Saúde, entrega a privados o que é de todos e aumenta o preço dos medicamentos.
O PCP apresenta, como alternativa a esta politica de desastre, um conjunto vasto de propostas, que incluem:
- A gestão pública do Hospital de Cascais, acabando com as Parcerias Publico-Privadas, que tantos malefícios tem trazido ao povo e ao país, como foi reconhecido em relação ao gestão privada do Hospital Amadora-Sintra.
- A urgente construção de um novo Centro de Saúde em Carcavelos, encontrando uma alternativa provisória e viável para o funcionamento do mesmo enquanto decorrerem as obras de construção.
- A utilização dos equipamentos desactivados, com a abertura do novo Hospital, como Hospital de rectaguarda, de cuidados continuados e paliativos.
- O reforço do Serviço Nacional de Saúde público, gratuito e de qualidade, dotado dos meios humanos e materiais necessários para cumprir o seu papel insubstituível na garantia do acesso à saúde à população.
Por tudo isto o PCP exige que as entidades responsáveis tomem medidas urgentes para acabar com esta gravosa situação.
O PCP reafirma que, da sua parte, tudo fará para garantir um Serviço Nacional de Saúde público, gratuito e de qualidade, e apela à população para que se mobilize nesta luta.
A Comissão Concelhia de Cascais
do Partido Comunista Português
A Comissão do PCP de Cascais até tem razão em algumas coisas.
Mas criticar a cobrança do estacionamento no parque do hospital não deixa de ser contraditório.
Primeiro porque quem conduz carro próprio não é certamente quem está doente e vai à Urgência; segundo porque não são certamente os doentes carenciados que vão de carro para a Urgência ou às consultas no hospital. E quem vai de carro próprio visitar os amigos ou familiares doentes bem pode pagar o estacionamento.
Mas é bom lembrar que foi o Dr. Boquinhas, quem no seu anterior hospital EPE (SFX), introduziu o pagamento no parque de estacionamento do hospital (sendo o mesmo, hospital público)
O juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Álvaro Rodrigues, entende que o erro médico não tem relevância para o Direito, a menos que haja factos provados. link
"Não é uma entidade jurídica, mas também não é um assunto que não tenha interesse para o Direito. Só tem existência jurídica se os factos forem provados", defendeu, durante o congresso "Responsabilidade civil por acto médico - A prova em caso de erro médico", que decorreu ontem, sexta-feira, no Auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra.
Para Álvaro Rodrigues, a responsabilidade médica não pode ser tratada a nível jurídico como um acidente de viação ou como uma facada dada por um criminoso, e alerta para alguns aspectos a ter em conta no julgamento de um erro médico, como as circunstâncias em que o tratamento é feito.
"Terão de se ter em atenção os antecedentes familiares, se o doente tinha hábitos alcoólicos ou de tabagismo, e ver se aquele tratamento efectivamente piorou a doença", explicou.
No congresso, organizado pelo Centro de Estudos Judiciários, foram ainda discutidos outros temas como o ónus da prova na responsabilidade civil médica, e a responsabilidade do médico no Serviço Nacional de Saúde ou em regime liberal. Neste último tema, a investigadora do Centro de Direito Biomédico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Maria Manuel Veloso, lembra que não está definido se a responsabilidade civil do médico é contratual ou extracontratual (como acontece no caso de médicos do serviço público). "O que se tem verificado é que o lesado pode optar pelas regras de uma ou outra".
Acrescentou ainda que têm aumentado os pareceres jurídicos relativos à responsabilidade civil médica, o que justifica com um aumento do estatuto e do interesse do paciente.
DN 14.11.10
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