Hospitais, a reforma silenciosa
O plano de fechos e fusões de hospitais (que devia ter sido
dado a conhecer até finais de novembro 2012) ainda não é conhecido, mas já se
sabe que será em Lisboa e em Coimbra que mais alterações irão ocorrer. Aliás,
alguns reajustamentos já estão a ser concretizados, como no Médio Tejo, no
Oeste (Caldas e Torres Vedras), no Litoral Alentejano, em Coimbra
(maternidades, serviços de psiquiatria e outros serviços) e em Lisboa.
No relatório do FMI relativo à quinta revisão lê-se que
nesta reforma hospitalar será "ajustada a actividade de alguns
hospitais" em áreas como a reabilitação, os cuidados continuados e
paliativos e serão revistas as urgências e os centros de transplantação. A
reforma passará, ainda, pela reorganização do trabalho nos hospitais e mudança
no financiamento.
A reforma terá de ficar concretizada até 2014 e, no caso de
Lisboa, terá em conta a construção do novo Hospital de Todos-os-Santos que irá
integrar, em 2016, todos os hospitais de Lisboa Central (S. José, Capuchos,
Estefânia, Santa Marta).
A reorganização da rede hospitalar não passa só por fechos e
fusões. A organização do tempo de trabalho, bem como as alterações ao
financiamento dos hospitais, são outros aspectos essenciais da reforma.
Em 2013, e para que
consigam cumprir com o corte previsto nos custos operacionais (de pelo menos
8%), os hospitais terão de, entre outras coisas, reduzir o número de camas, de
acordo com as orientações da tutela. Algo que já tem vindo a ser feito. No
último ano, de acordo com a Comissão Europeia, foram eliminadas mil camas.
O Governo vai alterar
a forma de financiamento de algumas patologias e os utentes poderão escolher o
hospital em que pretendem ser atendidos.
JN 27.12.12 link
Sem plano conhecido, a reforma da rede hospitalar lá prossegue ao jeito dos cortes a eito do financiamento da Saúde.
Etiquetas: HH, Paulo Macedo
1 Comments:
A ´reforma silenciosa' ou o naufrágio que se pretende silencioso?
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