sexta-feira, setembro 9

SNS, de que lado estará o ministro?

As conclusões do relatório da equipa fiscalizadora do Estado, coordenada por Emanuel Magalhães de Barros, sobre a gestão do grupo Mello do Hospital de Braga PPP, são suficientemente graves a justificar a aplicação de três multas, num total de um milhão de euros.

O grupo Mello refuta as acusações e pede à tutela para acabar com a fiscalização.

João Semedo aproveitou a ida de Paulo Macedo à Comissão da Saúde da AR para interprelar o ministro sobre este caso: «"De que lado vai estar? Do lado de quem foi nomeado para fiscalizar, de quem defende o interesse público, ou do lado da administração que não deixa fiscalizar?" E se o ministro não encontraria razões para rescindir o contrato».
Paulo Macedo, Invocou o seu passado para responder que o Governo iria apoiar a entidade fiscalizadora como lhe competia, não havendo, no entanto, justificação para rescindir o contrato.

Nota: Aguardemos o resultado do estudo que está a ser desenvolvido pelo grupo técnico para a reforma hospitalar, sob coordenação de José Mendes Ribeiro,
link que poderá trazer novidades surpreendentes sobre esta matéria.
Sobre a PPP de Braga:
link link link

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2 Comments:

Blogger e-pá! said...

A pergunta do deputado João Semedo é redundante e suscita outras.

Na verdade, quer o grupo Melo, quer na generalidade o sector privado da Saúde, não aceitam qualquer tipo de fiscalização ou de regulação. São PPP’s à portuguesa!

Alguém sabe do resultado prático das coimas aplicadas no início de 2011, uma sobre a transferência indevida de doentes urgentes para Hospitais do Porto, ou de uma outra relativa ao incumprimento de “deveres de informação” sobre desempenho assistencial contratualizado link?

Foram, de facto, estas 2 coimas, no valor cumulativo de 818 mil euros, deduzidas nas remunerações do Estado à empresa Escala Braga? Ou estes casos - ao que parece recorrentes - foram mandados para o tecto?

Se o prevaricador fosse um vulgar cidadão não teria já os seus bens penhorados?

De facto, é fácil de adivinhar o lado onde o Estado (e não só o actual ministro) está nestas parcerias leoninas, perdão, à portuguesa. É o pagador de promessas. O "Zé do Burro", i. e., os contribuintes (actuais e futuros), até quando continuarão a carregar esta cruz?

9:03 da manhã  
Blogger e-pá! said...

A insustentável leveza deste Governo…

Há dois dias na CS da AR, Paulo Macedo, adiantou (para variar!) algumas medidas de poupança na Saúde. “De acordo com o documento ontem divulgado com a lista de medidas para reduzir as despesas no sector que o ministro Paulo Macedo levou à comissão parlamentar de Saúde, o ministério vai ainda reduzir a comparticipação da associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores. A poupança prevista só com estas descomparticipações ascende a cerca de 19 milhões de euros, de um total de quase 1100 milhões de euros a atingir até 2013”. link

Hoje, num comunicado que surge esta tarde no site do Ministério da Saúde, o Gabinete de Comunicação de Paulo Macedo sustenta que “não há, até ao momento, qualquer decisão sobre a descomparticipação de medicamentos como anticoncecionais, vacinas integradas no Plano Nacional de Vacinação e associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores”. link

Enfim, como diz o ditado: Não vá o sapateiro além da chinela!
Agora, o MS tem de se esconder atrás de um “estudo técnico”...
Isto já não pode ser encarado como um problema de comunicação. É a balbúrdia mascarada de eficiência. É, também, no que dá incontidas “pressas” dos "bons alunos".

10:56 da tarde  

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