sábado, fevereiro 6

Vacinas gripe A

Assunto: Vacinas contra a gripe A – mantém-se excesso de vacinas
Destinatário: Ministério da Saúde
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República

No dia 25 de Janeiro de 2010, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde, sobre o volume da encomenda de vacina contra a gripe A – inequivocamente excessivo (6 milhões de doses) – que este Ministério negociou com a multinacional farmacêutica Glaxo SmithKline (GSK).
O governo preferiu responder na comunicação social. Tanto a Ministra da Saúde como o Director-Geral da Saúde afirmaram então, veementemente e contra toda a evidência, que Portugal não tinha excesso de vacinas. Uma semana depois, um semanário divulgava que decorriam negociações secretas entre o Ministério da Saúde e a GSK, notícia que o governo se apressou primeiro a desmentir e, logo de seguida, a confirmar. Depois de todas estas contradições, o governo anunciou agora o cancelamento de dois milhões de vacinas.

O comportamento ziguezagueante do governo suscita novas interrogações, que o governo não pode deixar sem resposta. Ao longo deste processo o Ministério da Saúde confirmou que: 1) não existe qualquer cláusula de rescisão no contrato assinado com a GSK; e 2), efectivamente, do total da encomenda, metade (3 milhões de doses) seria automaticamente desperdiçada, face à estimativa de que seria necessário vacinar cerca de 30% da População Portuguesa (grupos risco). O Ministério da Saúde anunciou também que não pretende alargar a vacinação contra a gripe A a outros grupos, para além dos inicialmente definidos, ao contrário do que tinha anteriormente afirmado quando confrontado com o excesso de vacinas.
O Grupo de Peritos da OMS para o Aconselhamento Estratégico sobre Imunização recomendou, no final de Outubro de 2009, a administração de uma única dose de vacina em adultos e crianças a partir dos 10 anos de idade. Apesar de desde essa altura o Ministério da Saúde saber que tinha encomendado vacinas em excesso, só quando confrontado formalmente com a questão, iniciou as negociações com a GSK para o cancelamento de parte da encomenda.
O cancelamento de 2 milhões de doses de vacina (anunciado esta semana), ainda significa um desperdício de 26 milhões de euros (correspondente a 3 milhões e meio de doses de vacina), assumindo que se atinge meio milhão de vacinas administradas.
Ainda de acordo com declarações da Ministra da saúde à comunicação social, chegaram a Portugal, até ao momento, 1,6 milhões de doses de vacina contra a gripe A. No início de 2010, este número era apenas de 470 mil doses de vacina. Ou seja, foram pagos entretanto mais 8 milhões e meio de euros para a aquisição de vacinas que, muito provavelmente, não irão ser utilizadas.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
1. Como justifica o Ministério da Saúde que, sabendo desde o final de Outubro de 2009, não ir ser necessária, pelo menos, metade da encomenda de vacinas contra a gripe A, tenha esperado 3 meses para iniciar negociações com a GSK para o cancelamento das doses de vacina em excesso?
2. Como justifica o Ministério da Saúde a inexistência de uma cláusula de rescisão no contrato celebrado com a GSK para o fornecimento da vacina contra a gripe A, tendo em consideração o elevadíssimo grau de incerteza associado à evidência científica disponível no momento da encomenda?
3. Quais as contrapartidas negociadas com a GSK para o cancelamento de dois milhões de doses da vacina contra a Gripe A?
4. Continuam a ser realizadas negociações com a GSK para o cancelamento da restante encomenda de vacina contra a gripe A? Que contrapartidas irão ser oferecidas pelo Ministério da saúde à GSK?

Como justifica o Ministério da Saúde, as afirmações proferidas no início de 2010, sobre a inexistência de um excesso de vacinas, que vem agora admitir?
Palácio de São Bento, 03 de Fevereiro de 2010
O Deputado

João Semedo

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quinta-feira, fevereiro 4

Flu Flop

JP 04.02.10
Seta pra cima !

Contabilidade "Flu Flop": link
- Portugal encomendou seis milhões de doses de vacinas.
- Chegaram a Portugal 1,6 milhões.
- Foram administradas cerca de 500 mil doses.
- Cancelada encomenda de dois milhões de doses.
- A vacinação dos grupos de risco para o H1N1 continua a ser um objetivo do Ministério da Saúde.
- Em stock: 1,1 milhões de doses.
Help, tirem-me daqui!

drfeelgood

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quarta-feira, janeiro 27

Gripe A, desperdício de vacinas

Assunto: Desperdício de vacinas contra a infecção pelo vírus da gripe A (H1N1)
Destinatário: Ministério da Saúde
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
As notícias mais recentes sobre os interesses financeiros e a ligação de diversos peritos da Organização Mundial de Saúde (OMS) às empresas farmacêuticas Glaxo SmithKline, Abbot, Novartis e Roche (produtoras das três vacinas contra a Gripe A e do único anti-vírico disponível – Tamiflu®), aliadas ao facto de a gravidade e os níveis de contágio terem ficado significativamente aquém dos anunciados, vieram colocar em causa, de forma particularmente gravosa, a credibilidade e a forma de actuação dos organismos internacionais e nacionais responsáveis pelo combate à potencial pandemia pelo vírus da gripe A (H1N1). Os factos assinalados levaram a Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa a aprovar uma resolução para a realização de um inquérito sobre a influência exercida pelas empresas farmacêuticas, na definição da estratégia global de luta contra a gripe A (a ser iniciado ainda em Janeiro de 2010). Face a uma actuação que é agora percebida pela opinião pública como desmedida e alarmista, a própria OMS veio anunciar publicamente que está disponível para se submeter a uma auditoria externa.
Em Portugal, constavam no orçamento rectificativo 45 milhões de euros para a aquisição da vacina contra a gripe A, aos quais se juntam 22,5 milhões de euros gastos desde 2007 na aquisição do medicamento Tamiflu®. Além disso, os recursos humanos, organizacionais e financeiros usados na preparação e implementação do Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a Pandemia de Gripe, deixaram de estar disponíveis para outros fins. Muitos serviços tiveram que adiar as suas prioridades de prestação de cuidados de saúde às populações que servem, para responderem ao referido Plano.

Relativamente à vacina contra a Gripe A, o Ministério da Saúde encomendou 6 milhões de doses para vacinar 30% da população Portuguesa (cada pessoa necessitaria de 2 doses de 2,5 ml cada). No entanto, posteriormente veio a saber-se que cada adulto apenas necessitava de uma dose de vacina (2,5 ml) e as crianças de duas doses de 1,25 ml cada (ou seja, o correspondente a uma dose de um adulto), o que significa que a encomenda daria para seis milhões de pessoas. A desproporção da quantidade de vacinas encomendada é avassaladora, face à procura real pela população Portuguesa abrangida pela vacinação (grupos-alvo): de acordo com um comunicado da Direcção-Geral de Saúde (DGS), datado de 5 de Janeiro de 2010, até àquela data tinham sido vacinadas apenas 320.000 pessoas (incluindo crianças até aos 12 anos de idade), muito longe dos 30% da população Portuguesa que o Ministério da Saúde previu. Salienta-se ainda o facto de o fornecimento da vacina contra a gripe A ter sido adjudicado a uma única multinacional farmacêutica – a Glaxo SmithKline (GSK), ao contrário do que foi feito noutros países e do que, normalmente, acontece nos concursos públicos e apesar de existirem outras duas vacinas comercializadas por outras empresas.

Neste momento, a actividade gripal já diminuiu. Além disso, a vacina contra a gripe sazonal, a disponibilizar no próximo Outono-Inverno (2010/11), deverá também conter o vírus H1N1, pois este continua a ser uma das estirpes mais prevalentes. Neste cenário, e apesar de as doses de vacina contra a gripe A, adquiridas pelo Ministério da Saúde, terem um prazo de validade de três anos, a partir do momento em que a nova vacina contra a gripe sazonal estiver disponível (em Setembro-Outubro deste ano) deixará de fazer sentido continuar a administrar a vacina contra a gripe A em separado.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
1.- Quais os pressupostos em que se baseou a estimativa avançada pelo Ministério da saúde, relativamente à necessidade de vacinar 30% da população Portuguesa, ou seja, três milhões de pessoas?
2. Por que razão o Ministério da Saúde adjudicou a uma única empresa – a GSK – o fornecimento da vacina contra a gripe A?
3. Quantas embalagens de Pandemrix® (contendo cada uma 50 frascos de emulsão + 50 frascos de antigénio) foram encomendadas pelo Ministério da Saúde à GSK? Qual o custo de cada embalagem e o valor global a pagar pelo Ministério da Saúde, conforme estabelecido no acordo/contrato com a GSK?
4. Quantas embalagens de Pandemrix® já foram, efectivamente, fornecidas pela GSK, até ao momento e qual o montante global pago/a pagar?
5. Estão previstos mais fornecimentos de Pandemrix® ao abrigo da encomenda acordada entre o Ministério da Saúde e a GSK?
6. Da totalidade de embalagens de Pandemrix® fornecidas pela GSK até ao momento, que proporção foi efectivamente administrada a pessoas incluídas nos grupos-alvo?
7. Qual a proporção de pessoas que já receberam a vacina contra a gripe A, em cada um dos grupos-alvo prioritários definidos pela DGS (A, B e C)?

Face ao exposto, como se explicam as declarações recentes da Sra. Ministra da Saúde e do Sr. Director-Geral da Saúde, afirmando que não existe em Portugal um excesso de vacinas contra a gripe A, sabendo-se que foram encomendadas doses para seis milhões de pessoas? O que pensa o Ministério da Saúde fazer com as vacinas que não forem administradas até ao final da presente época gripal? Há alguma cláusula que permita a anulação ou redução da encomenda feita?
Palácio de São Bento, 25 de Janeiro de 2010

O deputado, João Semedo

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Estaremos perante um “Flugate”…?

O Parlamento Europeu, aprovou por unanimidade, e com a classificação de urgente, uma resolução do Comité de Saúde do PE, para proceder a uma investigação sobre o “lobbying” da industria farmacêutica na OMS. link

As exigências de transparência pública nesta área levaram a que meios médicos e centros de estudos epidemiológicos a considerarem que, na situação vivida em redor do surto de influenza A (H1 N1), tenha existido um "Golden Triangle" envolvendo esquemas de corrupção entre a OMS, a Indústria Farmacêutica e os Centros Académicos de Investigação Científica.

As consequências deste eventual conluio não estão, na íntegra, apuradas. Todavia, existem crescentes suspeitas que combinam uma relativa ineficácia da vacinação com efeitos colaterais perniciosos.
O Dr. Wolfgang Wodarg, presidente da Comissão de Saúde do PACE (Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa) considerou a campanha da OMS contra a “pandemia” da gripe A "um dos maiores escândalos da medicina do século".
link

O inquérito analisará a questão da decisão da OMS em Junho de 2009, ao declarar uma pandemia que, até ao momento, revelou-se menos virulenta do que as gripes sazonais, o que configura um caso de “falsa pandemia”, incubada em enormes conflitos de interesses. Muitos dos especialistas envolvidos nesta declaração são suspeitos de terem estreitos vínculos financeiros com “gigantes” farmacêuticos como a GlaxoSmithKline, Roche e a Novartis, principais beneficiários da produção de vacinas contra a gripe A.

O caso do Prof. Albert Osterhaus, da Universidade Erasmus em Roterdão, Holanda, é - nos meios científicos e no seio das autoridades sanitárias de diversos Países – o exemplo paradigmático dos nebulosos interesses que envolvem este indiciado “escândalo”. O Prof. Albert Osterhaus é hoje conhecido nos media pelo nickname “Dr. Flu”.
link

Na verdade, os critérios de declaração de pandemia pela OMS foram alterados em Abril de 2009 – quando surgiram os 1ºs casos no México – e, por coincidência, em 11 de Junho do mesmo ano, a Infuenza H1N1 é declarada pela OMS, para o Mundo, uma emergência pandémica (Fase 6).
link

A OMS é um organismo indispensável para a liderar as opções de saúde pública a nível mundial. Todavia, deverá estar acima de qualquer suspeita.

Aguardemos, pois, o inquérito ordenado pelo Parlamento Europeu.

E-Pá!

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sexta-feira, setembro 18

Vacinação e efeitos secundários


Vem aí o Outono, as vacinas anti-gripe, a vigilância epidemiológica e farmacológica e a necessidade de informar e não esconder o que eventualmente pode ser adverso…

A nova vacina contra a gripe A (H1N1) está a ser preparada a todo o vapor.
Entretanto, encurta-se o tempo e o rigor dos ensaios clínicos, fazem encomendas sobre um produto inacabado, testada em tempo “record” e aguarda-se, ansiosamente, a autorização da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) para começar a distribuir as encomendas feitas pelas diferentes autoridades de Saúde Pública nos Países deste mercado global…
O Infarmed, no que lhe diz respeito, julga já ter resultados suficientes para a sua autorização de introdução no mercado. Aguarda só a luz verde da EMEA
Mas os resultados que o Infarmed dispõe, têm obrigatoriamente de incluir os efeitos secundários e, no caso de existirem, algum programa de detecção e seguimento tem de estar activado.

Ora, é a partir do momento em que tudo parece estar a ser concluído que se revisitam os relatos relativos a efeitos secundários de campanhas de vacinação semelhantes, realizados há anos (décadas).

As campanhas de vacinação não “nasceram” ontem, mas os efeitos secundários poderão ter sido varridos para debaixo do tapete.
Foi que sucedeu na Grã-Bretanha com a informação, para os profissionais de saúde, emitida recentemente pela Health Protection Agency, sob o título “Enhanced Surveillance of Guillain-Barré syndrome during the swine influenza pandemic”
link e que foi divulgada pelo “The Mail on Sunday”, causando algum alarme social e sanitário, nomeadamente em famílias com crianças candidatas à vacinação.
A DGS não deverá deixar que este erro se repita em Portugal. O único caminho é informar com rigor e com critérios baseados em evidências científicas.

Estão publicadas desde 2004, e incidem, sobre as vacinações contra o vírus da influenza (H1N1) no The Journal of the American Medical Association (JAMA), 2004;292:2478-2481
link.
Neste artigo, em princípio idóneo, dado os investigadores pertenceremm a reputadas instituições - National Immunization Program, Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Infectious Diseases, Division of Bacterial and Mycotic Diseases…, relatam que, de Julho de 1990 a Junho de 2003, o VAERS (um sistema americano de farmacovigilância para vacinas) recebeu 501 comunicações de Sindroma de Guillain-Barré, em adultos, surgidos alguns dias (intervalo médio: 13 dias) após vacinações contra a gripe (influenza).
Os autores concluem que tempo de incubação e a prevalência baixa de outras doenças preexistentes, compatibilizam uma possível associação causal entre a vacina de influenza e a sindroma de Guillain-Barré (s G-B). Mais, os autores recomendam que estes efeitos adversos tornam necessárias investigações adicionais, para um completo esclarecimento das causas do aparecimento da s G-B e da sua possível relação com a vacina da influenza.

A vacinação conta o vírus H1N1 não é inédita, nem sequer, recente. Só que na altura não era denominada “gripe A”. Chamava-se “swine influenza”.
Um programa de vacinação contra esta estirpe de vírus influenza ( a actual será a réplica exacta do vírus de então?) decorreu nos EUA em 1976, tendo sido administrado a 45 milhões de pessoas (H1N1) (New Jersey/1976 vaccine). A campanha de vacinação foi suspensa decorridas 10 semanas devido ao aparecimento de 532 novos casos de s G-B, ou seja, cerca de um caso por cada 100.000 vacinações.
Os estudos efectuados sugerem que, muito embora, a associação entre vacinação contra a influenza (H1N1) seja rara, os mesmos estudos mostram que o risco de vir a desenvolver a síndrome de Guillain-Barré é muito mais alto depois da vacinação.
link

Uma vacinação em grande escala como a que consta do nosso programa de contingência deverá ter em consideração estes factos.
Prudentemente, sem alarmismos mas com vigilância pós-vacinal.
Logo o trabalho contra a pandemia não termina quando se vacina milhões de pessoas. Começa então a actividade de farmacovigilância. Desconheço se temos uma rede de vigilância especificamente estruturada para o efeito.
A divulgação de todas as informações relativas à campanha vacinal deve ser feita por médicos qualificados em saúde pública e por entidades públicas (DGS)
Este assunto não pode ser motivo de especulação nas páginas dos tablóides…

Entretanto, vão surgindo outras referências na literatura médica: link link link
… etc.

e-pá

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sexta-feira, setembro 11

Uma boa notícia para a drª. Ana Jorge.


Estudos efectuados e publicados recentemente no NEJM link referem que a vacinação contra a gripe A (H1N1) seria eficaz quando administrada em dose única.

A verificar-se a evidência de tal facto, deste modo, consolida-se automáticamente o stock encomendado pelo MS.
Esta situação poderá, também, vir a induzir alterações na escolha dos grupos de risco a vacinar, no sentido da sua expansão.

Vamos esperar a reacção do MS.

e-pá!

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terça-feira, agosto 18

Irresponsabilidades sociais


A aventura e a trajectória da Gripe A (H1N1) conduz-nos à recordação do livro de Bjorn Lomborg "COOL IT" e às diferentes abordagens sobre o aquecimento do planeta...

Num "Mundo Globalizado" é necessário manter abertas todas as pontes que conduzam a um diálogo sensato.
Não é isso que verificamos neste domínio.

Cada vez mais, somos menos sensibilizados por situações situações endémicas como o HIV/SIDA, malária, má nutrição, saneamento e disponibilidade aquífera potável, etc., que perduram há dezenas de anos, por exemplo, em África.
Enfim, num Mundo conturbado pela intervenção humana, pouco regulada ou, mesmo, não regulada, a agenda é ditada por um conjunto de factores que nos escapam.

A gripe aviária (H1N5) causou, em 10 anos, cerca de 250 mortes e ocupou, durante largo tempo, as parangonas dos media.
A gripe A segue o mesmo trilho...

Entretanto, calcula-se que, em toda a Europa, morram cerca de 200.000 pessoas devido a insolações o que alimenta o medo do aquecimento global.
Por outro lado ocultamos cerca de 1.500.000 europeus que sucubem por excesso de frio.

O facto de nos afundarmos - ao nível de preocupações - na pandemia A e esquecermos o mundo real que nos rodeia mostra um terrível colapso da nossa sanidade discriminativa.
Na realidade, perdemos a noção de proporcionalidade.

E, infelizmente, estas circunstâncias conduzem, irremediavelmente, a todo o tipo de irresponsabilidades...sociais, técnicas, orçamentais e comportamentais!

Será isso?
e-pá!

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