sexta-feira, julho 26
sexta-feira, julho 18
Suspensão da Colaboração dos Médicos com MS
Etiquetas: OM
sábado, julho 12
Saúde como alvo
Etiquetas: OM
quarta-feira, julho 2
Lei da rolha
Etiquetas: OM
sábado, junho 8
Racionamento encapotado de medicamentos
Etiquetas: Medicamento, OM
segunda-feira, junho 3
Bastonário da OM lança um «sério aviso ético»
Depois de defender a prescrição de genéricos, mas considerar «intolerável que todos os meses troquem as caixas dos medicamentos a milhares de idosos que vivem sozinhos e fazem confusões tremendas que acabam muitas vezes na Urgência e geram mais despesa — infelizmente, o Ministério da Saúde, a Assembleia da República e a Ordem dos Farmacêuticos não tem esta preocupação ética de defender as pessoas menos letradas» —, o orador referiu algumas das consequências da «redução brutal do Orçamento da Saúde». Falta de médicos para viaturas de emergência; hospitais falidos que param cirurgias («no Hospital das Caldas, com temperaturas de 30 graus no bloco, o Conselho de Administração propôs aos colegas que fizessem cirurgias minor quando o tempo estivesse mais fresco...»); doentes que são uma bola de pingue-pongue entre hospitais — «e há colegas nossos envolvidos neste jogo de ténis de mesa profundamente chocante»; hospitais que racionam medicamentos por terem um financiamento insuficiente; medicamentos negados para algumas patologias.
Etiquetas: OM
sábado, julho 7
José Manuel Silva
Etiquetas: OM
quarta-feira, junho 20
Precisamos de um fio condutor
Etiquetas: OM
quarta-feira, março 21
quinta-feira, outubro 27
A guerra do bastonário da OM

Para o médico, esta legislação usa o «eufemismo demagógico» de querer aumentar a quota de genéricos e dar poder de escolha ao utente, mas se a substituição em causa é de «genérico por genérico», o responsável não percebe como se poderá aumentar o consumo dessa classe de medicamentos.
Além disso, o argumento da liberdade de escolha também é falacioso, já que o «doente será induzido a levar apenas a marca que a farmácia» tem em armazenamento, não se prevendo «nenhuma penalização» para os estabelecimentos que não tenham disponíveis os produtos a que estão obrigados.
Como o bastonário considera que esta «lei vive quase exclusivamente de favorecer os interesses comerciais dos farmacêuticos», a OM está a programar a realização de sessões de esclarecimento aos clínicos e não descarta a hipótese de os médicos, «para evitar a substituição selvagem na farmácia», virem a «refugiar-se», quando possível, na prescrição de medicamentos de marca, o que trará mais encargos para os cofres do Estado. » TM 24.10.11
"Médicos dizem que nova lei favorece farmácias e pode trazer riscos para doentes" link
Em resposta aos ataques do bastonário, o Infarmed veio hoje assegurar (mais uma vez) que todos os fármacos disponibilizados em hospitais e farmácias “têm qualidade, segurança e eficácia”. link
Dificil está a tarefa do ministro Paulo Macedo em fazer cumprir o objectivo do OE/12 de limitar a despesa pública com medicamentos (ambulatório e hospitalar) a 1,25% do PIB, ou seja, cerca de 1,7 mil milhões de euros (Jan-Ago 2011: esta despesa atingiu 1,5 mil milhões ). Contando com o alargamento substancial da quota de mercado dos medicamentos genéricos como um dos principais instrumentos para cumprimento deste dificil objectivo.
Etiquetas: Medicamento, OM
terça-feira, outubro 4
JMS, pensa que é assim

«Utentes dizem que Ordem deve "aligeirar" burocracia para que médicos da Costa Rica exerçam.
A comissão de utentes de saúde do Médio Tejo considera que a Ordem dos Médicos devia "aligeirar os procedimentos burocráticos" para permitir que os nove médicos costa-riquenhos que estão em Portugal desde Maio possam começar a exercer.
Contactado pela Lusa, Manuel José Soares, porta-voz daquela comissão, reconheceu que falta o documento de reciprocidade exigido pela Ordem dos Médicos (OM) para a atribuição da cédula profissional, mas defendeu ser "urgente a OM aligeirar, por exemplo por um prazo de dois meses, os procedimentos burocráticos" relativos aos médicos da Costa Rica.
Por seu lado, o bastonário da OM, José Manuel Silva, considera que a responsabilidade pelo facto de nove médicos costa-riquenhos estarem desde Maio sem exercer é "dos dois governos" - da Costa Rica e de Portugal -, garantindo "não poder fazer nada".
Para Manuel José Soares, outra solução passaria por "alguém mandatado pelo Governo [português] se deslocar à Costa Rica ou contactar o governo da Costa Rica para resolver a situação" ao mais alto nível, uma vez que não tem sido possível resolvê-la pela via normal.
"Os médicos [costa-riquenhos] já fizeram a prova de português e a prova técnica e estão aprovados. Já fizeram a integração nos próprios serviços. Falta a cédula profissional, que deveria ser passada pela OM, mas, sem esse documento de reciprocidade, a Ordem não passa a cédula", explicou Manuel José Soares.
O porta-voz da comissão de utentes de saúde do Médio Tejo adiantou ainda que estes nove médicos da Costa Rica - cinco adstritos ao Agrupamento de Centros de Saúde de Serra d'Aire e quatro ao da Lezíria - estão a receber vencimento, mas passam os dias "sentados ao lado dos médicos que estão a exercer".
Embora estudem "as situações [clínicas] e façam levantamentos estatísticos", não consultam os doentes até porque estão impedidos legalmente de o fazer, acrescentou.
Tendo em conta "os problemas que existem nas urgências dos hospitais", afirmou o responsável, "é urgente que os médicos do Médio Tejo e da Lezíria comecem a exercer, uma vez que "não é possível dar resposta" à procura crescente dos cuidados primários.»
JN 04/10/11
Somos assim! Na velha tradição burocrática, agarramo-nos à falta de um papelinho para que as coisas não funcionem. link
Que se saiba não há médicos portugueses interessados em ir exercer para a Costa Rica e, caso houvesse, provavelmente chamavam-lhes “um bife”. Por cá temos clínicos com toda a documentação legal para o exercício da medicina mas falta-lhes um papelinho. Recebem salário mas não podem exercer por causa do papelinho e, os doentes, seguramente sem dinheiro para recorrer aos privados, ficam privados de ter médico de família por causo do papelinho.
O Bastonário da minha Ordem propõe, e bem, que se acabe com o papelinho azul para justificar doenças como gripes e enxaquecas, link não abdica porém do último dos papelinhos necessários para que oito colegas da Costa Rica possam ter autonomia para o exercício da Medicina.
O imbróglio prossegue: Governo acusa a OM: link link
Tavisto
segunda-feira, setembro 5
Definitivamente, a moda pegou

Mas na intervenção do dia, prova do grande impacto dos recentes dicursos do ministro das finanças, o bastonário da OM acabou por ofuscar a cerimónia e a importância do documento, ao aproveitar o ensejo para propôr … mais um imposto ...sobre a fast food. link O que não deixa de ser interessante se o propósito for adiar, ainda mais, o corte das gorduras do Estado.
Depois da revelação brutal sobre os transplantes do ministro da saúde, hoje foi a vez do bastonário da OM brilhar com a proposta de mais um impostozinho. Acontece que com tanto imposto a pagar, o Zé tuga não vai ter dinheiro nem para fast food.
clara gomes
Etiquetas: OM, Paulo Macedo
domingo, setembro 4
Bastonário optimista

Parece-me que sim, nomeadamente com a decisão de se esgotar a capacidade do SNS antes de recorrer ao sector privado. E sei que o ministro tem sido muito pressionado...
Está afastado o receio de ‘escancarar’ o SNS aos privados?
Sim. Qualquer pessoa inteligente e independente percebe rapidamente que a única forma de poupar na Saúde é apostar no sector público.
As nomeações políticas podem impedir o país de sair da crise?
No setor da Saúde não houve, e bem, uma substituição generalizada das pessoas só porque tinham sido nomeadas pelo anterior Governo. É a primeira vez que isto se sente e com esta magnitude no Ministério da Saúde. É mais um fator para elogiar.
Mas este não é um ministro da área, é um gestor...
É um ministro de boas contas e toma medidas benéficas para o sistema de saúde. Tenho as maiores expectativas, o que não significa que concorde com todas as medidas, que não critique decisões e não exija mais transparência.
Expresso Primeiro Caderno - Vera Lúcia Arreigoso, 03.09.11
O Expresso publica hoje uma entrevista do bastonário da OM, José Manuel Silva. link
Efectuada antes do pedido de demissão do presidente e da coordenadora nacional da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação (02.09.11) na sequência da lastimosa entrevista de Paulo Macedo à TVI. link
Sem declarações de grande relevância, surpreendeu-nos o tom demasiado confiante do senhor bastonário, a replicar serenamente às provocações da jornalista.
Que garantias lhe terá dado o ministro da Saúde de estar afastado, num futuro próximo, o ‘escancarar’ do SNS aos privados ?
Surpreendente também a rematar, cheio de optimismo, quando refere Paulo Macedo como «ministro de boas contas e toma medidas benéficas para o sistema de saúde. Tenho as maiores expectativas»-
Com o anúncio de tanto corte na Saúde e a nomeação de José Mendes Ribeiro, coordenador do grupo técnico para a reforma hospitalar, eu não teria ...
quinta-feira, janeiro 20
José Manuel da Silva

A propositura de construir um "Pacto da Saúde" que, prioritáriamente, defenda o actual paradigma do SNS [mantendo aberta a porta a medidas adequadas no campo da eficiência e da sustentabilidade] será, por ventura, uma das apostas no futuro que, ultrapassando o mero círculo médico, poderá projectar a OM na sociedade portuguesa.
Obviamente que este "pacto" necessita de uma sólida concertação entre os vários sectores profissionais da saúde e, mais importante e mais difícil, da convergência de forças políticas [neste momento dispersas e "prisioneiras" de interesses]. Este "pacto" se vier a ser trabalhado não pode confinar-se à área técnica e de gestão do SNS. Será sempre um compromisso político [muito amplo] sobre o papel, a relevância e a sustentabilidade do Estado Social em tempos de austeridade e de crescentes derivas neoliberais [nomeadamente sobre a "dimensão" do Estado].
A construção de um "Pacto da Saúde" é uma tarefa que ultrapassa largamente o âmbito de actuação da OM. Todavia, o novo bastonário está eticamente obrigado a lutar por ele em franca e aberta colaboração com todos os actores na área da Saúde.
Vamos esperar para ver.
quarta-feira, janeiro 19
OM, eleição do bastonário

Isabel Caixeiro: “É preciso criar condições para os médicos reformados voltarem”
Qual deverá ser o papel dos médicos na concretização das medidas de contenção introduzidas pelo Governo? Por exemplo, na avaliação da capacidade dos doentes pagarem os remédios?
Os médicos estão cada vez mais sensibilizados porque são confrontados com as dificuldades económicas e sociais das famílias no consultório. Ainda há algum caminho a percorrer, mas só se os médicos tiverem a salvaguarda que a prescrição não é alterada nas farmácias.
Com o novo diploma da prescrição por princípio activo os médicos vão ter de justificar sempre que “trancarem” uma receita. Isto retira poder aos médicos?
O médico não quer a inviabilidade da sua prescrição porque sim. Se o médico não souber o que foi substituído na farmácia perde o controlo daquilo que o doente está a tomar e não consegue identificar a causa de algum desequilibro que possa ocorrer.
Como é que vê a obrigatoriedade da prescrição electrónica a partir de Março?
Dificilmente será realizável e lança muitas questões sobre a acessibilidade dos doentes ao seu médico. Nada está previsto em termos de domicílios e a banda larga em muitos centros de saúde funciona mal. É grave esta obrigação a partir de Março sem medidas transitórias.
Há falta de médicos em Portugal? Como é que se pode colmatar esta falha no curto prazo?
Não foi feito nenhum estudo fidedigno que pusesse os dados na mesa. Pretendo criar um mecanismo que actualize anualmente a situação dos médicos. A alteração à lei das reformas veio complicar a situação, levando muitos médicos a pedir a reforma antecipada. Foi um erro estratégico grave. A abertura de mais vagas em Medicina não é a solução. A curto prazo é preciso criar condições que motive os médicos reformados a voltarem ao SNS pormais uns anos.
Como é que vê a contratação de médicos estrangeiros?
Devia ser a solução última quando estivessem ultrapassadas todas as outras hipóteses.
Concorda com a fixação de médicos internos ao SNS por um período igual ao da formação?
A solução já foi testada na Madeira e nos Açores e não resultou. Se aos médicos mais jovens forem dadas condições de trabalho e de carreira, eles não abandonam o SNS.
Qual deve ser a relação dos médicos do SNS com os privados?
Deve haver uma relação de complementaridade porque os serviços de saúde públicos estão a ter cada vez mais dificuldade em dar resposta a todas as necessidades de formação dos jovens
internos.
A Ordem dos Médicos tem sido negligenciada pelo Governo no sentido de ser pouco chamada a participar das soluções?
Mais do que seria desejável. A Ordem tem o conhecimento técnico de muitas áreas onde é preciso tomar decisões. Pretendo criar uma comissão para o Parlamento que acompanhe as leis em preparação e até fazer propostas concretas.
Se for eleita vai rever os estatutos da Ordem? O que é urgente mudar?
Sim. A Ordem precisa de um funcionamento mais ágil. Proponho uma revisão em que tenhamos a possibilidade de ouvir todos os médicos e onde esses se sintam representados.
Qual será a sua primeira medida se for eleita?
A primeira acção é marcar uma reunião com os 33 colegas eleitos nas três secções regionais [Norte, Centro e Sul] para definir prioridades. Um dos pontos em discussão será o papel da Ordem perante as medidas que estão a ser tomadas devido à crise.
José Manuel Silva: “O SNS deve ser repensado para se separar o sector público do privado”
Qual deverá ser o papel dos médicos na concretização das medidas de contenção introduzidas pelo Governo? Por exemplo, na avaliação da capacidade dos doentes pagarem os remédios?
A pergunta é capciosa porque pressupõe que a generalidade dos médicos não tem estes cuidados, ideia que contesto frontalmente. A governação clínica, a realização de auditorias clínicas e a emissão de ‘guidelines’ por parte da Ordem são medidas que podem criar mais valor na prestação de cuidados de saúde.
Com o novo diploma da prescrição por princípio activo os médicos vão ter justificar sempre que “trancarem” uma receita. Isto retira poder aos médicos?
A inviolabilidade da prescrição não é uma questão de “poder”, é uma questão de defesa do doente e da qualidade da prática médica. A substituição de marcas do mesmo princípio activo nas farmácias é um acto tecnicamente errado e prejudicial ao doente, devido aos factores de variabilidade. É uma questão importantíssima a ser dirimida pelo próximo bastonário.
Como é que vê a obrigatoriedade da prescrição electrónica a partir de Março?
A generalização da prescrição electrónica é desejável, mas impossível de implementar com tanta rapidez. Falta analisar soluções para um número de situações particulares e nem sequer o Estado está devidamente preparado. É inaceitável que sejam os médicos a pagar o sistema.
Há falta de médicos em Portugal? Como é que se pode colmatar esta falha no curto prazo?
Apesar do ráciomédico/habitante estar na média europeia, há falta em algumas especialidades. Proponho uma reunião entre a Ordem, o Ministério da Saúde e os sindicatos para analisar e consensualizar soluções. Se se melhorar a organização do sistema, o problema serámitigado.
Como é que vê a contratação de médicos estrangeiros?
Desde que se cumpra a lei e não se coloquem médicos, estrangeiros ou não, a exercer funções para as quais não têm a devida competência, não haverá problemas.
Concorda com a fixação de médicos internos ao SNS por um período igual ao da formação?
Não. Os internos pagam a sua formação com o seu insubstituível trabalho. Muitos hospitais fechariam sem o trabalho dos internos.
Qual deve ser a relação dos médicos do SNS com os privados?
O SNS deve ser repensado para, no futuro, com diferentes regras, separar o sector público e o privado, o que é totalmente impossível com o enquadramento jurídico e organizativo actual e os recursos humanos existentes.
A Ordem dos Médicos tem sido negligenciada pelo Governo no sentido de ser pouco chamada a participar das soluções?
A Ordem deve ser pró-activa na apresentação de propostas e soluções, deve marcar a agenda política da saúde, semestar à espera de ir a reboque do Governo.
Se for eleito vai rever os estatutos da Ordem? O que é que é urgente mudar?
Os actuais estatutos bloqueiam a Ordem, concentram no bastonário a presidência de todos os
órgãos internos, confundem o poder executivo, fiscal e disciplinar, impedem o exercício das funções de auto-regulação e afastam osmédicos da Ordem. É preciso corrigir estas e outras disfuncionalidades.
Qual será a sua primeira medida se for eleito?
Operacionalizar a concretização de todas as propostas, nomear a Comissão de Revisão dos Estatutos, criar um gabinete de estudos e promover uma auditoria de contas e procedimentos,
e dar sinais de descentralização e aproximação da Ordem aos médicos.
entrevistas de Catarina Duarte, DE 19.01.10
joão pedroEtiquetas: Entrevistas, OM
terça-feira, novembro 16
Coincidências…(Parte II)

Bastonário da OM diz-se "solidário" mas "irredutível" na decisão
Em declarações hoje à TSF-M, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM) Pedro Nunes sustentou que a OM tudo fez para evitar a suspensão da idoneidade formativa na Região Autónoma da Madeira.
O Presidente Conselho Nacional Executivo da OM diz compreender o desagrado manifestado pelos internos do ano comum, na carta aberta, mas frisa que a sua obrigação é a de cumprir “rigorosamente” as funções cometidas pelo Estado – proteger os cidadãos – neste caso a população da Madeira.
“As condições de formação no Centro Hospitalar do Funchal, em muitos casos tinham qualidade, houve alterações que podem alterar essa qualidade, que tem que ser avaliada e, como não foi possível avaliar... como lhe digo, por responsabilidade total da secretaria regional. A OM cumpre as suas funções por muito que penalize os médicos internos”, afirmou o bastonário Pedro Nunes.
Para o responsável máximo da OM, a tentativa de se proceder a uma avaliação extraordinária de alguns serviços do Hospital Dr. Nélio Mendonça demonstra o esforço da OM em garantir a continuidade da formação na Madeira. De acordo com Pedro Nunes, essa avaliação não se concretizou devido a “entraves” criados pela Secretaria Regional dos Assuntos Sociais.
“É uma situação muito desagradável”, admite Pedro Nunes numa alusão aos médicos internos do ano comum na Madeira, que se vêem forçados a concorrer a vagas de especialidade no Continente e Açores.
“Estou solidário e tenho muita pena de ter sido necessário tomar essa posição (...)”. Contudo, garante Pedro Nunes, a posição da OM é “irredutível”.
Etiquetas: OM
segunda-feira, novembro 15
Coincidências…(Parte I)

Gilberto Teixeira, in Jornal da Madeira 31-10-2010
…”Desde que foi aprovado aquele diploma regional de prescrição de medicamentos pelo princípio activo (DCI) a Ordem dos Médicos com sede em Lisboa, lançou um feroz e abominável ataque à Madeira, passando das ameaças aos actos, como se fossem os donos do País. Com natural agrado de todos, vimos há dias, ser aprovado no Parlamento da República a obrigatoriedade da mesma prescrição. Esses pseudo donos do País, ainda deitaram a cabeça de fora, fizeram um ruído para assustar o poder político, mas como não tiveram êxito, meteram a viola no saco.
Que ameaças fizeram ao Governo da República? Nenhuma! Nem podiam. Leis são para se cumprir, e essa treta de dizer que estão actuando em defesa dos doentes e da Saúde Pública não passa de uma balela. Tocaram nos interesses de médicos? Tocaram sim senhor. Mas não se preocupem que virão alternativas para continuar a existir grandes e importantes apoios da indústria farmacêutica, sobretudo na área da formação médica, leiam-se congressos, seminários, workshops e outras reuniões científicas. Tenho a certeza disso.
As retaliações feitas sobre a Madeira por causa disso, e não por haver boa ou má gestão do SESARAM, e eventuais conflitos entre a Direcção Clínica do Hospital e alguns médicos que foram substituídos nas chefias de alguns serviços, serão agora retiradas, ou haverá finca pé para que se procedam a inspecções no Hospital da Cruz de Carvalho, sem as quais não “há nada para ninguém” prejudicando jovens médicos e aí sim, colocando em risco a Saúde Pública dos madeirenses.
Não importa se as pessoas visadas pela Ordem dos Médicos são “especiais” ou “importantes”. O que verdadeiramente importa é que não metam política na Saúde da Região, não sejam hipócritas e invejosos, nem discriminem a Região. A Autonomia serve para alguma coisa. As leis que podem ser feitas na Assembleia Legislativa da Madeira entram em vigor e valem nesta Região Autónoma, tanto quanto as outras que são feitas na Assembleia da República para o restante território continental.
Que criminoso desleixo ou cega imprevidência cometeram os responsáveis pela Saúde Regional para que a Ordem dos Médicos de Lisboa, provocasse esta tempestade, como se aqueles que dirigem o Hospital estejam desacreditados, ou alheios ao conhecimento das graves questões que toda a gente sabe que existem, na Madeira, como no restante território. Ou não podemos suspeitar de uma grave soberba por parte da Ordem onde se movem vários interesses, alguns ódios de facções?
É legítimo que se questione todos os responsáveis declaradamente medíocres, sem capacidade para tomar as medidas mais adequadas sempre que as circunstâncias se impõem. Não nos venham dizer que se verificaram substituições de chefias no Hospital, e noutros serviços, só por mero autoritarismo ou vontade de humilhar pessoas que desempenharam o seu papel ao longo de anos? Ninguém em seu bom juízo acredita nisso. Muito menos em retaliações ou facciosismos com atropelo de leis. Os poderes podem ser violentos, e admito até, que tivessem existido exageros de comunicação na tomada de medidas, quando os novos responsáveis assumiram a gestão dos Serviços de Saúde Regionais”…
Etiquetas: OM
quinta-feira, setembro 2
Gato escondido com o rabo de fora…

…”A Ordem dos Médicos deu parecer «absolutamente negativo» ao decreto que estabelece que os utentes do Serviço de Saúde da Madeira possam optar pelo medicamento genérico ou de marca. «Isto obviamente teve o parecer absolutamente negativo da Ordem e eu inclusivamente já escrevi uma carta ao doutor Alberto João Jardim dizendo-lhe tudo o que penso desta matéria», disse esta segunda-feira à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes.
Um decreto legislativo regional publicado no Jornal Oficial da Madeira estabelece que, a partir de 12 de Setembro, os utentes do Serviço de Saúde na região passem a poder optar pelo genérico ou o medicamento de marca comercial. Em declarações à Lusa, o secretário regional dos Assuntos Sociais madeirense destaca que esta medida, definida no DLR nº 16/2010/M, publicado a 13 de Agosto, «estabelece que a prescrição de medicamentos é feita de acordo com a denominação comum internacional, pelo nome da substância activa e não por outros critérios».
«O Governo Regional lá saberá por que é que cedeu dessa forma aos interesses da Associação Nacional de Farmácias e por que é que quis criar essa originalidade de os habitantes da Madeira, contrariamente aos restantes do país, ficarem sem ter possibilidade de pedir aos seus médicos que garantam a qualidade daquilo que lhes é medicado e deixarem de ter mecanismos de fármaco-vigilância adequada», afirmou.
O bastonário da Ordem dos Médicos recordou que esta mesma medida foi discutida há uns meses, «quando a mesma intenção da Associação dos Comerciantes do Medicamento foi expressa em Portugal continental». «O Governo foi claro e ficou claro para toda a gente qual era a posição, que é a posição em toda a Europa. Não se justifica uma coisa destas. O presidente do Governo Regional terá de justificar ao país e aos madeirenses por que é que cedeu aos interesses do comércio dos medicamentos desta forma que em causa põe a Saúde Pública», disse”…
…
Em que país e em que mundo julgará, afinal, que vive o senhor bastonário? Julgará, porventura, que os cidadãos se deixam convencer por argumentos que soam a falsete? Afinal porque razão a Lei não é cumprida? Porque razão a prescrição por DCI não é cumprida em ambulatório quando é praticada, há décadas, nos hospitais? Os médicos e os doentes não serão os mesmos? Porque razão as dezenas de medicamentos vendidos sem receita médica já comprovaram (em Portugal e no resto do mundo) que não representam nenhum risco acrescido para os cidadãos? Porque razão continua o senhor bastonário a defender a ridícula situação de termos em Portugal dezenas de “marcas” (??) de medicamentos (supostamente) genéricos? Porque razão o senhor bastonário não se preocupa (antes) com a qualidade (ou melhor a falta de qualidade) da prescrição nos cuidados de saúde primários? Porque razão não deixa o senhor bastonário a “problemática” da regulação e do controlo de segurança para quem tem as competências legalmente definidas? Porque razão o senhor bastonário não faz um protocolo com a IF para tornar públicos, anualmente, os apoios directos a médicos e a organizações médicas (associações, sociedades científicas, etc? Porque razão o senhor bastonário em vez de aduzir argumentos credíveis persiste nas “boutades” de apelidar a ANF de associação de comerciantes? (felizmente este senhor bastonário e o seu estilo peculiar estão de saída…)
Se o governo da República seguisse o exemplo do governo regional e cumprisse o seu próprio programa teríamos certamente uma maior racionalidade no sector do medicamento, menos custos para o Estado e para os cidadãos e talvez a IF se voltasse a pôr no seu devido lugar e deixasse de andar a “brincar” com o governo e com os cidadãos retirando medicamentos (por irresponsável birra) do mercado e manietando mercado conforme as circunstâncias.
Adolfo
Etiquetas: Medicamento, OM
domingo, agosto 15
OM, só agora...

Tarde e más horas a OM vem confessar-se incapaz. Coisa que não se soubesse já. O trágico da situação é este facto contribuir para vendilhões da laia do senhor Franciscus Versteeg andarem a enganar, há largos anos, por esse país fora, cidadãos incautos. Com o desplante de chamarem às baiúcas de vão de escada que exploram I-QMed. Só neste desgraçado país da saloiada.
drfeelgood
sábado, setembro 13
Há ou não falta de médicos?

Por outro lado, verifica-se uma má distribuição por especialidade, com carências graves de clínicos gerais (CSP), e algumas especialidades hospitalares: psiquiatria, anestesia, obstetrícia e pediatria.
O "Relatório Conjunto sobre Protecção e Inclusão Social 2008 link, considera que Portugal tem falta de médicos generalistas e concentra demasiados recursos nos hospitais. Esta situação «interfere com o funcionamento de um sistema nacional de saúde assente nos cuidados de saúde primários e gera uma utilização desnecessária de cuidados hospitalares e de emergência dispendiosos».
É essencialmente a má distribuição de médicos por especialidade que está na origem de repetidas crises de funcionamento de alguns serviços hospitalares, ocorridas nos últimos anos.
Em 2004, a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Amadora/Sintra com um quadro de 30 ginecologistas e obstetras viu-se na contingência de encerrar devido ao abandono de dez médicos tarefeiros, que, trocaram o banco do Amadora/Sintra pelos serviços de urgência de outras unidades, que pagavam mais pelas horas extraordinárias.
A crise agravou-se especialmente nos últimos dois anos com a saída de inúmeros especialistas para o sector privado o que implicou o aumento da necessidade dos HH do SNS recorrerem aos serviços de empresas de "out sourcing" e a subida em espiral do custo hora do prestador tarefeiro.
O Plano Estratégico para a Formação nas Áreas da Saúde (2001) propõe que o défice de formação de profissionais médicos seja ultrapassado através do alargamento progressivo do "numerus clausus". O que tem sido feito: 735 para 945 vagas em 01/02, aumento de 28,6%; 945 para 1005 vagas em 02/03; 1245 vagas em 2006, perto dos 1300 novos médicos por ano, valor a estabilizar a partir de 2010.
Se as leis de mercado são universais, deve-se procurar corrigir rapidamente esta situação de escassez de oferta de molde, nomeadamente, a moderar a elevada remuneração privada dos médicos no nosso país, uma das maiores da Europa.
Será por isso que o bastonário da OM anda preocupado com "o excesso de vagas e o risco de formar pessoas para o desemprego", com a abertura do curso de Medicina da Universidade do Algarve?
Etiquetas: OM